sexta-feira, 9 de julho de 2010

Domingo em Luanda


Cidade extremamente populosa, com mais de 4 milhões de habitantes, no domingo Luanda não foge do estereótipo de cidade tropical. A praia é a principal opção de lazer disponível para todas as classes sociais. As de maior poder aquisitivo utilizam-se de seus jet skis, barcos e lanchas, ou, mais habitualmente, confraternizam em agradáveis restaurantes que servem boa comida e bebida na Marginal (principal avenida da orla) ou na Ilha (muito mais opções), que acabou sendo transformada numa península em função de ter sido feita uma ligação entre a sua parte Sul e o continente. A comida é cara para os padrões brasileiros. Nenhum prato razoável sai por muito menos de U$ 50,00 (a maioria é mais cara que isto) entretanto, as bebidas são de mesmo valor, ou mais baratas que as similares em ambientes equivalentes no Brasil e de nacionalidades mais variadas. A comunidade de menor poder aquisitivo diverte-se praticando esportes coletivos na areia, fora dos trechos quase que "privativos" dos restaurantes (ver foto) e em barracas que servem comida e bebida (com freqüência em meio a música bastante alta). Ambulantes também são opção. Outra alternativa recente (inaugurado em 2007) é o Belas Shopping. Quando da inauguração era considerado distante e de difícil acesso. Hoje, apenas três anos depois, praticamente inexistem áreas entre a parte central da cidade e o shopping sem construções ou condomínios já concluídos e empreendimentos diversos. O Belas, no contexto de Augé, seria um não lugar típico, com o mesmo bom gosto de acabamento e funcionalidades, mesmas qualidades e impessoalidade deste tipo de ambiente. Oito salas de projeção, supermercado, praça de alimentação, áreas de convivência abarotadas no período da tarde. Muitas famílias e crianças que me lembraram forte e dolorosamente quão distante estou dos meus "miúdos", da esposa e de casa. Mas, como dizem os franceses, c´ést la vie, a hora é de içar velas.

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