sábado, 28 de agosto de 2010

O que se vende na rua em Luanda II




Como este tema é praticamente inesgotável, decidi que a cada novidade interessante, acrescento o material ao texto anterior e lanço uma nova edição, assim, quem já leu fica apenas na parte inicial do texto, e quem lê pela primeira vez não precisa ir buscar os anteriores para se informar.
Em outras duas passagens pelo mesmo trecho eternamente engarrafado de Luanda na qual se baseou o texto anterior sobre o tema, em uma das principais avenidas que dão acesso ao centro da cidade (Rua da Samba, próximo ao Viaduto do Prenda), registrei alguns novos (outros nem tanto) itens vendidos por ambulantes entre os carros. A propósito, ainda me surpreendo bastante com a ausência de acidentes, já que num espaço apertado entre carros (que disputam acirradamente cada metro de asfalto) passam à toda lambretas e motos a cada minuto, e os condutores e ambulantes conseguem se evitar mutuamente, sabe Deus como. Aqui vão: colchão e poltrona infláveis, ancinho, tesoura e enxadete de jardinagem, extensões elétricas, fios elétricos, adaptadores para tomadas elétricas, fios com plugs para DVD´s, televisores e equipamentos multimídia em geral, voltímetros e amperímetros de diversos tipos, mangueira com esguicho para jardim e usos diversos, garrafa térmica, silicone spray para limpeza e embelezamento de veículos, equipamento para fazer conexão entre baterias (para dar partida no carro quando a bateria descarrega), mangueira com indicador de volume para botijão de gás, DVD player portátil com tela (para assistir sem conexão com TV), bomba manual para injeção de graxa lubrificante para suspensão de veículos, camisas pólo Lacoste, farda e avental para doméstica, tapetes de borracha e plástico para veículos, calções coloridos (pareciam de pijama), abajur elétrico, escova para tirar pelos de roupa (este eu perguntei, nunca tinha visto antes, é um cilindro com cabo central, lembra escovas para alisar cabelo ou cachear cabelos femininos), lacre plástico, destes que se usa como algemas ou para lacrar malas em aeroportos (usados aqi como segurança para evitar roubo de calotas de carros), bolas transparentes com luzes dentro (do tamanho de bolas de ping-pong, deve ser brinquedo para crianças), bonés, revistas Caras e outras, iogurte em potes plásticos (perguntei o que era, não dava para saber), vassouras domésticas diversas, machados pequenos de lâmina simples, dupla e amassador de carne com lâmina de machado num dos lados, cafeteira elétrica, tostadeira, grill para sanduíches, escova com cerdas de nylos para uso diverso, banco plaástico, facão, blocos tamanho A4 com faturas e recibos avulsos,, ferro de engomar, escova para lustrar sapatos, balança para alimentos, canivete tipo suísso, abridor de garrafas com saca-rolhas, antenas internas para TV, luva para motorista, uniforme de time de futebol (camiseta e calção), lanternas especiais com bateria recarregável (perguntei, nunca havia visto antes, são usadas em casa quando falta energia e parecem pequenos refletores presos numa placa prateada, mais o menos 20 cm x 10 cm), azeite de oliza, caixas (latas) de biscoitos de luxo, umas bolas que parecem bolas de vôlei nas cores, mas do tamanho de bolas de basquete (parecem servir para enfeite ou brincadeira de crianças).


O que se vende nas rua em Luanda I

Num dos últimos escritos fiz referência ao que era vendido nas ruas de Luanda. Na segunda-feira, para passar o tempo enquanto ia para o escritório, resolvi registrar o que eu consegui identificar sendo vendido, EM UM ÚNICO engarrafamento. Aqui vai: cartão telefônico, biscoitos, jornais, brinquedos diversos para crianças, duchas metálicas (isto mesmo) para chuveiro, CD´s, DVD´s, aspiradores de pó, sapatos femininos de salto alto, lençóis, edredons, travesseiros, coleiras para cães, estetoscópios com tensiômetro, sandálias, tênis, ferro de engomar roupa, pedaços de bacalhau em sacos, liquidificadores, ferramentas –alicates de diversos tamanhos e funções, chaves de fenda e outros em estojo plástico, cortadores de unha, cabides de madeira para roupa, mangueira e registro para botijão de gás, capas para volante de automóvel, camisas tipo t-shirt, vestidos, casacos masculinos para frio, camisetas com faixa reflexiva para ciclistas e motociclistas, chaves de roda, macaco hidráulico e triângulo de sinalização para automóvel, celulares e carregadores de celular para ligar na tomada do carro, baterias diversas para eletrodomésticos, lápis, caneta, inseticida spray, relógios grandes de parede, rádio-relógio digital, cadeados, funis para colocar combustível no veículo, armários para sapatos, baús para roupas, tapetes, lonas plásticas, tubos de cola, carteiras de cédulas, espelho para banheiro (com aproximadamente 1m de largura!!!) com suporte para toalha. Isto sem contar o que eu não consegui identificar, o que eu não vi e o que não consegui registrar! Para concluir, o tráfego hoje estava bastante light. Em (apenas!) uma hora fiz um trajeto que costuma durar mais 30 ou 45 minutos. Explicação: diferentemente da maioria das cidades que conheço, em que a segunda-feira é sempre dia muito intenso e com engarrafamentos maiores, aqui costuma ter tráfego mais leve porque diversas feiras livres que funcionaram no domingo não funcionam na segunda, razão pela qual há menos fluxo de pessoas e carros. Morrendo e aprendendo!

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